A depressão pós-parto não atinge apenas as mulheres, embora seja mais frequente que as mães desenvolvam o problema. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40% das mulheres no Brasil podem apresentar esta condição. Já a depressão pós-parto masculina afeta 10,4 % dos pais, alcançando o ápice entre o terceiro e o sexto mês após o nascimento do bebê, segundo uma pesquisa publicada na revista The Journal of American Medical Association.
O estudo ainda mostrou que essa condição pode piorar se associada à depressão da mãe, chegando a apresentar o dobro de frequência no homem quando esposa também desenvolveu a doença. Os efeitos da depressão podem desestabilizar a organização familiar e comprometer o bem-estar do bebê. Segundo os especialistas, as consequências podem afetar o comportamento e o desenvolvimento emocional de crianças entre os três e os seis anos, principalmente sobre os meninos.
No caso da depressão pós-parto masculina, o tratamento indicado é mesmo o das depressões convencionais: acompanhamento psicológico e psiquiátrico, quando necessário. Além dos sintomas comuns, como desesperança, pessimismo, tristeza profunda, culpa, fadiga, dificuldade de concentração, de tomar decisões e desinteresse pelas atividades cotidianas, alguns dos sintomas específicos são trabalhar demais e/ou fazer atividades com a finalidade, mesmo que inconsciente, de escapar da vida doméstica.
Fonte: Pais e Filhos