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Dia dos Povos Indígenas

Há muito e muito tempo, um pequeno indígena habitava um mundo sem céu. Por isso, não existia também sol, nem lua, nem estrelas, cometas, arco-íris, pássaros. Aqueles habitantes se alimentavam de mandioca e pequenos animais, mas nunca tinham visto, por exemplo, um peixe, pois não havia rios por ali.
Um dia um pequeno indígena estava caçando quando avistou sua presa: um tatuzinho amedrontado. Percebendo a presença do caçador, o animal fugiu, e quanto mais corria, mais a criança corria atrás. Sem entender, ele viu que o pequeno tatu crescia a cada passo, se tornando um grande animal que, embora grande, continuava amedrontado.
Cansado de correr e já percebendo a proximidade do caçador, o grande tatu cavou rapidamente a terra seca e escura abaixo deles, abrindo um grande buraco, no qual desapareceu.
Não aguentando sua curiosidade, decidiu descer pelo buraco e, com surpresa, percebeu que ao final do caminho, havia um ponto luminoso. Sem sinal do tatu, resolveu seguir aquele ponto de luz.
Por muitos anos, aquele jovem indigena se lembraria do que viu quando chegou ao final do túnel. Viu aos poucos o ponto de luz se transformar em uma grande abertura e um novo mundo se revelou: um mundo com um céu tão azul que os olhos acostumados com a escuridão ardiam. Um Sol tão luminoso que o pequeno curumim temeu se queimar por um instante, um lindo arco-íris, cujas cores estavam nas penas de algumas aves e nas asas de borboletas que enfeitavam o céu. Um novo mundo foi descoberto.

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